RESUMO BIOGRÁFICO DE
GABRIEL KOPKE FRÓES

 

Nasceu em Petrópolis a 24 de fevereiro de 1897 e era filho do Professor Antonio Gabriel Coutinho Fróes e de D. Annita Kopke Fróes - née, Anna Bauer Kopke.

Casou-se em 1928 com D. Hilda de Oliveira Fróes - née, Hilda Correia de Oliveira - nascendo deste consórcio os seguintes filhos: D. Anita Fróes de Souza - née, Anita de Oliveira Fróes -, Carlos Oliveira Fróes e Mario de Oliveira Fróes.

Pelo ramo paterno descendia do Bandeirante Pedro Rodrigues Fróes, o descobridor das minas de Paracatu.

Pelo ramo materno, descendia do Dr. Henrique Kopke, advogado e professor português que fundou o primeiro colégio secundário da Colônia de Petrópolis, notabilizado sob o nome: "Collegio Kopke".

Através do consórcio de seu bisavô, o advogado e político Dr. Henrique Kopke Jr., com D. Anna Maria Monken Bauer herdou os vínculos com os pioneiros alemães, Monken, Bauer, Kaiser, Nicolai e Kling.

Teve uma esmerada formação primária e secundária, acompanhada e suplementada por seu pai, o competente e exigente professor Fróes. Com formação básica profissional no campo das Ciências Contábeis, especializou-se no setor de Economia Fazendária.

Em 1917 ingressou no Serviço Público Municipal de Petrópolis como Auxiliar de Biblioteca e em 1921 assumiu a função de Bibliotecário.

Em 1923 foi nomeado 1º Oficial da Diretoria de Fazenda, tendo em 1925 assumido interinamente a chefia do órgão.

Em 1927 foi efetivado como Diretor de Fazenda e daí em diante foi mantido no cargo por todos os Prefeitos até o ano de 1950 quando se aposentou.

Em suas gestões idealizou e implantou a Contabilidade Municipal, a Seção de Pessoal e um Serviço Previdenciário para o funcionalismo. Outrossim, foi o responsável pela execução de medidas, ousadas para a época, como o Planejamento e Controle do Orçamento, o Código Tributário, o Sistema de Controle Mecanizado Hollerith e as Máquinas National, realizações estas que tanto dinamizaram a administração municipal.

Após a aposentadoria, trabalhou como Diretor-Gerente do Jornal de Petrópolis e como Diretor da Companhia Imobiliária de Petrópolis.

Em 1959 foi convocado pelo seu fraterno amigo Dr. Nelson de Sá Earp para chefiar a Secretaria Geral, cargo este que ocupou durante toda a profícua administração de um dos mais competentes Prefeitos que Petrópolis já teve.

Como político, sempre manteve uma atuação muito discreta, porém bastante efetiva. Udenista ferrenho, preferia agir pelos bastidores como mediador, aconselhador e estrategista. Apenas uma vez concorreu a cargo eletivo, assim mesmo, por uma imposição conjuntural.

Desportista nato, atuou como atleta, dirigente e incentivador, durante cerca de setenta anos, no seu querido clube, o Petropolitano F. C., onde foi Sócio Fundador sob a matrícula n.º 17 e autor do anteprojeto de Estatuto para a Entidade.

Membro da Academia Petropolitana de Letras, ocupou a cadeira n.º 21.

Sócio Fundador e Membro Efetivo do Instituto Histórico de Petrópolis, foi o autor do anteprojeto do primeiro Estatuto da entidade e ocupou por 28 anos seguidos o cargo de Diretor Tesoureiro.

Foi membro da Comissão do Centenário de Petrópolis e por meio de seu prodigioso arquivo muito contribuiu para os trabalhos de seus confrades no grande esforço para a produção dos memoráveis Trabalhos da Comissão.

Como historiador, Gabriel K. Fróes passou, segundo seu próprio testemunho, por duas fases distintas.

A primeira teve início com o despertar desta sua vocação, quando ainda era funcionário da Biblioteca Municipal, onde teve a oportunidade de travar conhecimento com fatos da História de Petrópolis, contidos nos documentos, publicações e periódicos que ali estavam inteiramente a seu dispor. Cedo passou a anotar em fichas tudo aquilo que achava "interessante" - do interesse - sobre sua tão cara Petrópolis, e, assim, deu partida à montagem de um arquivo que, aos poucos, foi sendo organizado basicamente em quatro fichários: ÍNDICE DE ASSUNTOS POR ORDEM ALFABETICA - Fatos interessantes ligados a Petrópolis -; EFEMÉRIDES PETROPOLITANAS - Síntese cronológica dos acontecimentos ligados a Petrópolis; BIBLIOGRAFIA PETROPOLITANA - Coletânea de obras e trabalhos referentes à historiografia local; e BIOGRAFIAS - Coletânea de resumos biográficos de personagens da história e da vida petropolitana.

A segunda fase à qual ele se referiu como "a fase literária", teve início nos anos 50. A partir daí passou a produzir inúmeros artigos para jornais, palestras, trabalhos e pequenas publicações, como o "Esporte em Petrópolis" e o "Heróico Sargento Boening".

Porém, seu maior mérito no âmbito de História de Petrópolis foi a colaboração e o assessoramento a um elevado número de estudiosos e historiógrafos, interessados no resgate da memória petropolitana.

Gabriel Kopke Fróes faleceu em Teresópolis na madrugada do dia 11 de outubro de 1986, três meses antes de completar noventa anos.

Conforme seu desejo, foi sepultado no mesmo dia em sua amada terra natal.

 

Carlos Oliveira Fróes